14 de junho de 2008

BAQUE VIRADO propõe novo movimento cultural em Belo Horizonte



Estréia em Belo Horizonte nesse mês de junho o Movimento Baque Virado, idéia que nasceu do desejo de reunir boa música e pessoas antenadas com o que rola de mais original e inusitado no cenário cultural. O ‘Baque Virado’, nome que vem da cultura do Maracatu e significa duplicar o toque da orquestra de percussão, dobrando o som, presta na sua 1ª edição, uma homenagem à cultura pernambucana. Otto, ex-percussionista da primeira formação da Nação Zumbi e do Mundo Livre S/A, os Djs, Chicão e Zubreu, e os Vjs, Daniel e Pedro, compõem esse movimento que anuncia ultrapassar as batidas comuns. Dia 27 de junho, sexta-feira, às 22 horas, no Soul Uai (Jardim Canadá, atrás do Mix Garden).

Produzido pela ‘Patuá’, produtora de eventos musicais que tem como objetivo promover o intercâmbio da cultura brasileira, o 1º Movimento Baque Virado surge como nova opção de diversão na capital mineira. Além de fazer circular diferentes manifestações artísticas, o ‘Movimento’ pretende mostrar que há um mundo musical surpreendentemente rico a ser explorado. A experimentação e fusão de elementos regionais, globais e contemporâneos vêm de encontro com a proposta do ‘Baque’. Segundo Salmer Martins, produtor e um dos criadores da Patuá, uma das intenções é, de fato, preencher as lacunas do mercado cultural belo-horizontino. Para ele é apenas o começo, já que a proposta da produtora é realizar mais três edições do ‘Baque Virado’ em 2008. “Um passo a frente e você já não está mais no mesmo lugar”, arremata Salmer, citando o mestre do ‘mangue beat’, Chico Science.

Otto, nascido no sertão pernambucano, e hoje, artista do mundo, foi o escolhido para representar o “1º Movimento Baque Virado” em Belo Horizonte. O músico, que viveu e tocou na França, passou pelo Rio de Janeiro e São Paulo, rumou para o Recife – quando conheceu Chico Science e Fred Zero Quatro –, criou seu estilo, a partir de diversas correntes, histórias, percepções e influências. Autor de um trabalho inventivo e estimulante, numa colagem de maracatu com ‘drum'n'bass’, forró com rap, raiz com modernidade, o pernambucano e seus parceiros de banda apresentam em BH um show criativo, com um repertório que passeia pela trilogia “Samba Pra Burro”, “Condom Black”, “Sem Gravidade”, e vários outros trabalhos.

A pista, antes e depois do show de Otto, fica por conta dos Djs, Chicão e Zubreu, que vão tocar o melhor da MPP (Música Popular Pernambucana); samba-rock, emboladas, maracatus, eletrônica e dub, todos bem temperados. Também em cena os Vjs, Daniel e Pedro, cujas imagens inéditas darão à noite o tom de surpresa. Os quatro, acostumadíssimos com a tríade ‘música, diversão e arte’, prometem dar o que falar e o que dançar.

Como a idéia é essencialmente se divertir, está sendo criada uma estrutura, na qual a segurança e o conforto têm lugar de destaque. Sinalização nas proximidades do local, monitoração dos veículos, segurança reforçada, parceria com o ‘Focaccia Bar e Restaurante’, um dos mais tradicionais de Belo Horizonte, iluminação e som de qualidade e decoração temática são alguns dos itens que fazem parte do “Movimento Baque Virado”. Para Carol Falci, uma das produtoras da Patuá, um público exigente espera que em bons eventos haja a combinação de diversão, conforto, segurança e alegria. “Estamos trabalhando para que o ‘Movimento’ seja impecável e chegue para ficar”, conclui.


1º Movimento Baque Virado - [Otto + Djs + Vjs]
Dia: 27 de junho, sexta-feira, às 22 horas
Local: Soul Uai (Jardim Canadá, atrás do Mix Garden)
Ingressos: R$30,00* (antecipado) e R$40,00* (no local)
*1/2 entrada estendida a todas as categorias
Ponto de Venda: Black Boots
(Rua Fernandes Tourinho, 182, Savassi / BH – Tel.: (31) 3281-8845)
Mais informações: (31) 8711-3008


[Imagem: Carol Falci]

Toninho Horta & Orquestra Fantasma



Reacende uma das mais ensolaradas parcerias na Música Popular Brasileira. Na próxima terça-feira, dia 17 de junho, às 21 horas, Toninho Horta, um dos mais importantes guitarristas de todos os tempos, e a lendária Orquestra Fantasma sobem ao palco do Teatro Sesiminas (Rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia – Belo Horizonte), para mais um espetáculo de ritmo, fraseados, melodias e harmonias. Acompanhado pelos músicos da formação original da Orquestra Fantasma, Lena Horta (flautas), André Dequech (teclados), Yuri Popoff (baixo) e Esdra “Neném” Ferreira (bateria), Toninho volta a sobrevoar o mundo com sua música misteriosa, rica, etérea, mineira – portanto, universal – e infinitamente criativa.

No repertório, cerca de vinte músicas, dentre elas, as inéditas “Dobrado”, “Ilha terceira” e “Canção da Juventude”, “Vôo dos urubus” e “Céu de Brasília”, co-assinada por Fernando Brant, ambas gravadas no disco “Terra dos Pássaros”, os clássicos instrumentais “Foot on the road” e “Minas Train / Trenzinho do caipira”, as canções “Waiting for Angela”, “Pilar”, “Liana” e “Manuel o audaz / Prás crianças”, regravadas em vários estilos e por grandes músicos Brasil (e mundo) afora, e o ‘rap’ interessantíssimo “Tecno Burger”. Também participam do show o guitarrista, filho de Toninho, Manuel Horta, o violinista austríaco Rudi Berger, as cantoras Carla Villar, que acaba de lançar um CD só com canções de Toninho Horta, e Bianca Luar, além do ‘rapper’ Renegado.

A ‘Orquestra Fantasma’ nasceu em Los Angeles (EUA). Quando o compositor, cantor e instrumentista, Toninho Horta, estava gravando seu meu primeiro disco em 1976, o “Terra dos Pássaros”, um dos seus grandes sonhos era colocar uma orquestra de verdade, com cordas, madeiras, metais e tudo o que se tem direito. No entanto, naquele, que era um dos primeiros álbuns independentes do Brasil, lançado em março de 1980, a realidade impunha, por conta da falta de recursos, uma orquestra fantasma. Na ocasião, o tecladista Hugo Fattoruso e Toninho começaram a imitar trompas, violinos e cellos, com o teclado mini-moog e a guitarra com pedal de wa.

Em 1981, após dois discos lançados pela EMI (antiga Odeon), Toninho conta que reuniu, em Belo Horizonte, os melhores músicos de sua geração. Formava-se, com Lena, André, Yuri e Esdra, a banda que já o acompanha há 25 anos. “Minha liderança sobre a Orquestra Fantasma é apenas figurativa, pois os outros maestros da banda tocam seus instrumentos de forma inusitada, pessoal e divina.” Assim, em tom de legítima generosidade e companheirismo, Toninho e seus amigos fazem bonito por cada lugar do mundo que passam. Em Belo Horizonte, quem sabe, ainda mais.


SERVIÇO:
Toninho Horta & Orquestra Fantasma
17 de junho de 2008, terça-feira – 21h00
Local: Teatro Sesiminas
Endereço: Rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia
Preço: 30 reais (inteira) e 15 reais (meia-entrada)
Censura Livre


[Foto: Manuel Horta]